QUEM INCLUI? QUEM EXCLUI? QUEM ESTÁ SE EXCLUINDO?

Quando se fala em Educação no Brasil, o que comparece é sempre uma postura meio cínica por parte de todos, essa atitude não é exclusividade dos políticos.
Não consigo pensar uma Educação saudável sem antes olhar para alguns pontos importantes da nossa vida social:
- É preciso que haja um controle de natalidade responsável em nosso país. O dinheiro público, aqui, serve para suprir as necessidades de uma população que cresce desordenadamente e para privilegiar um grupo expressivo de políticos oportunistas que usam os populares como massa de manobra para seus projetos.
- É necessário distribuir melhor a renda nos grandes centros urbanos. Mais precisamente, é preciso repensar o bolsa família e alguns incentivos sociais nos grandes aglomerados. É preciso resgatar a idéia saudável de que trabalhar dignifica a pessoa.
- A escola não pode ser o único espaço de inclusão social. A escola tem uma importância científica e cultural que está sendo deixada de lado para se tornar um lugar onde se abandona crianças e jovens esperando que estes sejam educados milagrosamente. Não há preocupação em ouvir o profissional de educação. Políticos passeiam pela administração pública e tomam atitudes isoladas e oportunistas. A população, por sua vez, não se interessa pelo assunto porque não reconhece seus direitos (foram empobrecidos por uma escola pobre) ou porque simplesmente não quer (afinal, aprendeu que o importante é: "deixa a vida me levar"). Não é a vida que está nos levando. O resultado de tudo que incomoda uma pessoa honesta é fruto da desordem e da falta de compromisso com a coletividade por parte dos ditos "cidadãos" e homens "públicos" brasileiros.
Ouvi, outro dia, a fala de uma professora numa reportagem. Ela dizia: "É preciso que haja uma "escola de todos e com todos" e não uma "escola para todos". Entendo o que ela quer expressar: a escola não é saudável se não houver um compromisso, uma responsabilidade por parte de todos que lá estão e que tenham interesse nos que lá estão.
Escola para todos também me parecer uma idéia irresponsável e demagoga. Numa sociedade complexa como a nossa, não cabe uma atitude tão genérica. É urgente o cuidado com as particularidade das regiões e uma responsabilidade fiscalizadora que grande parte da nossa população não possui.
Quando penso nisso, vem logo à mente: salas de aulas superlotadas, professores desesperados sem saber o que fazer, administração escolar passiva e comprometida com politicagem local, servidores acomodados e calados por uma falsa idéia de que a Educação está finalmente democratizada.
É fundamental ampliar o espaço para a inclusão social. Algumas perguntas cabem aqui: A quem se quer incluir? Como incluir respeitando as particularidades de todos os envolvidos nesse processo?
Para que alguém responda, um dia, a essas perguntas seria bom estudar numa escola não tão inchada, com alunos e professores que se ouvem.
Continuarei...

Comentários

  1. Fale hoje e sempre, continue e multiplique sabedorias como a desse texto tão oportuno e sensato.

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