Fome


engulo o pânico dessa gente
como feito doido a estupidez dos seus olhos
não há garantia de amor
ninguém para ser feliz em demasia
e são meus amigos de deserto
bocas, peitos, paus, xotas
rotas sobre a areia fina

essa fome, acostumada ao desespero
devora primeiro o que for belo
depois, mastiga os vícios
que insistem em não agradar

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