BALADA NA BALADA

Era um sábado lisérgico,
tomei um analgésico
e fui pra balada
mexer o esqueleto.

Entrei num gueto nerd;
sambei na roda, nêga;
dancei techno até de manhã
com uma puta e sua irmã.

Quando esta me puxou pelo braço
enfiando na minha orelha seu fone de ouvido,
fui ficando fraco, não sei o que me deu.
A adrenalina baixou, um anjo pousou perto de mim...
Tava ouvindo no seu sonzinho uma balada folk
- Que se foda esse mundinho! - ela disse sem perdão.

De repente, ali parado, percebi o carinho que ela tinha por mim.
Com tanto barulho, não dá pra dançar juntinho.
Dividimos os fones e insones dançávamos com a primeira luz do dia.
Seu nome? Era Luzia.
E a puta não era sua irmã, era sua tia.

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