O DOCE NOME DA DEMOCRACIA


Dia de eleição, festa do voto. Pagode, cerveja e as pessoas com um tipo de alegria que só vejo semelhante no Carnaval.

Se não fossem os papéis espalhados pelo chão com o rosto dos candidatos, não diríamos que é dia de ir às urnas. E por falar nisso, quanto papel né? Da onde vem tanto dinheiro para jogar fora assim. Não é do bolso desses nobres políticos (como pensam os tolos). Ou alguém ainda acredita que foi fulano que deu, foi ciclano que fez... Não ninguém acredita, o povo goza!

Os que trabalham no dia da eleição para os candidatos comportam-se como criminosos. Dristribuem "santinhos" escondido para os passantes jogarem nas ruas, sujando tudo. A porcaria é generalizada, campanhas sujas, comportamento sujo, participação suja, cumplicidade com a sujeira e tudo isso leva o doce nome da Democracia.

Fui tomar meu café (Coca-Cola, pão e mortadela) na padaria e recebi um desses "santinhos" com cara e número de elemento tão simpático. Conheci aquele rosto. "Ele é um cara muito legal", disse-me a moça que distribuía o papel. Lembrei-me dos antigos galhardetes que antes sujavam os postes da cidade e carregavam a cara do pai deste atual candidato que agora tem seu rosto impresso num papel com calendário. Deu vontade de dizer "Ele é filho daquele miliciano, não é? Aquele que já foi processado várias vezes e foi expulso do partido dos trabalhadores! É ou não é?!", mas não disse. Porque aí teria que dizer que o candidato para o qual ela trabalha também é um criminoso igual ao pai, aí seria muita coisa para uma manhã tão linda de sol, um domingo encantador cheio de esperanças burras... Não, é melhor ficar quieto, deixar assim por hoje, só por hoje.

Comentários

Postagens mais visitadas