PAULA FERNANDES NÃO TEM XOTA?
Um programa de TV apresenta
uma música da cantora Paula Fernandes. Que coisa chata! Voz encorpada sem
corpo, ou seja, sem desejo, bancando a menina mansa. Musiquinha popibabaca.
Assexuada, parece que a mulher foi castrada.
Atenção: cantar suave é uma coisa,
cantar manso é outra.
Essa hipocrisia na cultura
brasileira tá escrota demais. Todos são certinhos na mídia e na “arte”, no
cotidiano é falcatrua e putaria. É um saco ver uma porrada de mauricinho
vestindo calça apertadinha e cantando música melosa como se fosse uma menina de
doze anos. Na vida real: cheira, fuma, bebe, vive na orgia, mas nos programas
de bundão na TV são santos.
Paulo Fernandes não tem
xota? Abusa de modelitos sensuais, mas não passa disso. Tudo mais é bobagem.
Quando a Sandy tratou com
naturalidade uma questão sobre sexo anal, todos se assustaram. Ô povo certinho,
né? Tadinho do Zé Povinho, teve sua moral ofendida. Logo por quem? O bebê da
Televisão Brasileira. Isso é que dá... depositar seu desejo e fé na mão de
canalhas.
Que diferença isso faz nas
nossas vidas? Muitas! Esse tipo de “arte” diminui nossa consciência das coisas,
entorpece nossos comportamentos, sabotam nossas ideias sobre o que é viver.
Transforma o povo num corpo (massa) sem alma. A gente mexe a bundinha, mas não
tem coragem de mudar nossa vidinha. “Artistas”
como esses servem para fazer manutenção da fantasia, muitas vezes
confundida com alegria.
Atenção: Nada tenho contra
ser feliz, vivemos em sociedade, estou pensando o lugar que vivo. Ainda não
apertei o botão do foda-se.
Vejo vários “desencanados”
na mídia, fazendo a vida pública parecer mais bonitinha:
ESQUENTA, UPP, RJ TV,
NOVELA/FAVELA
Muitos anos de psicanálise
foram necessários para que eles apertassem o botão do foda-se, suavemente, sem machucar ninguém. O problema vai ser se
eles errarem a mira do dedo e acertarem o cu de todo mundo.
Mas é isso aí, tem outra
opção? Não! Vamos ouvir (*)“os ricos que meu povo adora”.
*citação do GOG.
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